Limpeza natural, limpeza ecológica ou limpeza viva!
Limpeza natural e ecológica
A limpeza natural é a escolha para quem decidiu ter uma vida mais saudável e sustentável. Mais saudável porque os produtos de limpeza convencionais são tóxicos e podem acarretar desde alergia até doenças mais graves como câncer, passando por distúrbios de saúde, como infertilidade.
E a limpeza natural é mais sustentável porque não polui as águas dos rios e mares. Porque sim, as águas que saem dos nossos ralos vão para lá.
Desde que eu assisti a primeira palestra do meu ecoguru Jacques Saldanha, essas informações foram tão perturbadoras pra mim que desde lá (2002) eu pesquiso obsessivamente soluções saudáveis para as pessoas, os animais e o planeta para todo arsenal que a gente usa no dia-a-dia. E os produtos de limpeza são uma boa parte desses produtos.
Pequenas escolhas, grandes impactos!
É surpreendente, mas escolhas pessoais corriqueiras podem ter um grande impacto na saúde ambiental e portanto coletiva. Diante da prateleira do supermercado costumamos pensar nas nossas prioridades como cheiro, funcionalidade, marca e preço. Mas nossa saúde e a do planeta urgem por escolhas que os considerem pensando na matéria prima, a visão da empresa que a transforma e o destino final.
Nos supermercados encontramos, praticamente, apenas marcas multinacionais. Empresas que chegaram a uma dimensão tal de focar no lucro como única meta que perderam a humanidade. Cada pessoa dentro de uma multinacional funciona como uma peça de uma engrenagem. Essas pessoas não tem a visão do todo e trabalham para alcançar metas única e exclusivamente focadas em resultados para aumentar o lucro.
Um exemplo: um químico tem como meta tornar o produto mais barato, não é dado a ele parâmetros de saúde e sustentabilidade. Se ele conseguir tornar o produto mais barato e não interessa as custas de quem, ele será recompensado por isso e continuará feliz com a sua pesquisa.
Criando redes de informação para orientar sobre os efeitos positivos de se fazer uma limpeza natural
Numa reunião de mulheres empreendedoras uma delas disse que trabalhava no comercial da PeG (Proctor and Gamble). Me aproximei justamente porque pensei que com a experiência dela a gente poderia fazer uma parceria. Quando nos aproximamos enviei pra ela o vídeo, a “História dos cosméticos” e ela me respondeu preocupada com a minha visão: Janine, as pessoas não são malvadas na Proctor, elas não sabem disso.
“Eu sei que as pessoas que trabalham dentro de grandes multinacionais, que adoecem e poluem não sabem disso. A esmagadora maioria pelo menos não tem consciência”
E é por isso que é importante que eu escreva, você leia e nós levemos essas informações para mais pessoas. Em geral as multinacionais são empresas que pagam muito bem, que oferecem muitos benefícios e que ao mesmo tempo tem excelentes planos de carreira e oferecem uma formação continuada muito estimulante. Quem dentro de uma empresa dessas vai querer saber o quanto elas são responsáveis por tantas doenças e poluição? Precisamos dar uma forcinha nessa direção de informar.
Quem pesquisou?!
Em geral pesquisadores que descobriram os males dos produtos químicos sintéticos fizeram isso por acaso ou por motivos pessoais. Um exemplo de motivos pessoais é quando alguém suspeita que um produtos faz mal para sua saúde ou para alguém da sua família. Pensa comigo: a maior parte das pesquisas no mundo são financiadas por grandes empresas. Sendo as próprias empresas financiadoras dessas pesquisas, qual será o real interesse em pesquisas as reações adversas dos ingredientes sintéticos que usam? Acha que esses resultados são confiáveis? Mesmo dentro de universidades públicas as grandes empresas financiam as pesquisas e só divulgam os resultados que as interessam. Já ouvi mais de um relato sobre esse tipo de situação.
E mesmo depois de pesquisas virem a público denunciando os males de alguns ingredientes químicos sintéticos, ainda assim as empresas continuam usando esses ingredientes como se nada tivesse acontecido. A única coisa que faz com que as empresas invistam em melhorar em termos de saúde pessoal, coletiva e ambiental de um produto, é por pressão pública e especialmente o boicote.
Olhar atento
A impressão é que temos liberdade de consumo e que estamos escolhendo com nossas informações e critérios mas não temos de fato informações o suficiente para escolher com verdadeira liberdade. Das pessoas que frequentam o supermercado semanal ou diariamente, quantos porcento tem esse tipo de informação, tem ideia? Não tem pesquisa sobre esse assunto, mas suponho, pela minha observação, que muito poucas, menos de 1%. Até porque, quem tem mais noção consome pouco ou nem consome do supermercado.
“Estamos pagando por esses produtos não só com nosso dinheiro que é o fruto do nosso trabalho, mas também com a nossa saúde, a saúde de todos que compartilhamos o mesmo planeta e das nossas futuras gerações. Não sei pra você, mas pra mim esse preço parece alto demais”
Minha trajetória com os produtos de limpeza natural
Desde que eu saí da casa dos meus pais aos 23 anos (e isso faz 18 anos) nunca comprei um produto de limpeza convencional. Mesmo ainda quando eu morava com meus pais eu fazia um sabão líquido para máquina de lavar roupas à base de sabão de coco em barra. A receita eu recebi em uma fotocópia de uma palestra que eu assisti. Essa folha deve estar guardada em algum lugar porque ela era muito valiosa pra mim. Era uma época em que ainda não existia Google. Imagina a vida sem buscas na internet… A internet ainda era praticamente um deserto…
E vivia pesquisando marca de produtos de limpeza naturais. O primeiro produto que eu encontrei era um sabão em pó, na verdade era um sabão de glicerina ralado que se chamava Geo. Era uma dificuldade achar e em todo o supermercado que eu ia eu colocava nas sugestões para venderem. Não é uma ótima ideia? Que tal fazer o mesmo por aí?
Disponível e acessível
Hoje, aqui mesmo nesse site, tem produtos que substituem praticamente todos os produtos de limpeza. Tudo com um aroma suave e até sem aroma, produtos tão eficientes que duram muito ou dispensam outros como é o caso dos detergentes para lavar roupas que por serem mais leves dispensam o amaciante.
Então que tal fazer a transição para a limpeza natural? O que falta? Não me diga que é dinheiro porque antes desses produtos maravilhosos eu usava só vinagre de álcool e o sabão de coco. O manual: A Casa Limpa da Faxineira Ecológica ajuda com receitas para limpar absolutamente tudo numa casa e até na vida e os produtos se resumem basicamente a isso: vinagre e sabão de coco…
Então mãos à limpeza natural e brindemos uma vida mais saudável para todos os seres e nossa casa comum, a Terra!
Para saber mais assista esses documentários:
A história dos cosméticos – 2010
https://www.youtube.com/watch?v=pfq000AF1i8&list=PLsd9PzZGJCOzs8JtGGI7cHZjg_Ck2QUzX
Stink – 2015 – sobre aromatizadores artificiais
https://www.amazon.com/Stink-Hon-Cal-Dooley/dp/B01BPNV6XU
Human Experiment – 2013 – sobre a toxicidade dos ingredientes químicos sintéticos aos homens
http://thehumanexperimentmovie.com/
Foto da capa retirada do site da National Geographic