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Saiba como prevenir, socorrer e tratar lesões com águas vivas (medusas)

Em Florianópolis todo verão  aumenta muito a incidência de águas vivas nas praias.

Minha amiga Sheila, bióloga e dona da Belverde passou por essa situação quando seu filho tinha 5 anos, o Caetano, e contou o quanto a experiência foi desesperadora pra ela e pra ele. Isso que ela sendo bióloga tem informações que a maioria das pessoas não tem!

Por isso resolvemos escrever esse post: Para esclarecer um pouco mais o assunto e compartilhar uma solução que ela encontrou para desinchar, acalmar, resfriar e parar de latejar a perninha do Caetano.

Águas Vivas – Beleza frágil e perigosa

Água viva, mãe d´água ou medusa, são organismos marinhos muito antigos e de estrutura ao mesmo tempo simples e de extrema delicadeza que flutuam nas águas dos mares com as correntes passivamente, alimentando-se de pequenos animais marinhos ou de plâncton. Algumas espécies possuem tentáculos que podem alcançar até 20 metros ou mais, munidos de células que provocam urticária com poder de imobilizar inimigos ou presas mediante ejeção de tubos com espinhos ocos quebradiços que injetam toxina ao penetrar na pele. A Caravela Espanhola é uma das espécies mais curiosas, possui um balão de ar que flutua na superfície da água e permite a ela navegar com o vento.

Caravela portuguesa

Apesar da sua beleza flutuante com espécies multicoloridas, translúcidas, filigranas ou até luminosas que nadam através de movimentos graciosos de contração da sua capa externa como aparece nesse vídeo lindo: https://www.youtube.com/watch?v=e7enMXPr0xE, as águas vivas são temidas por banhistas e surfistas por causa dos acidentes quando os tentáculos peçonhentos entram em contato com a pele humana.

Por sorte, em águas brasileiras não ocorrem espécies com toxicidade letal para humanos, uma das mais perigosas conhecidas aqui sendo a já citada Caravela Espanhola (Physalia physalis – à direita nas fotos acima).

Mesmo assim, os acidentes causam forte impacto, devido à ardência aguda que pode permanecer entre algumas horas até vários dias. Em casos mais raros, ocorre além do rubor e inchaço da pele a formação de bolhas (segundo o Centro de Informações Toxicológicas de Santa Catarina, isso ocorre em apenas 7% dos acidentes) ou até necroses de tecidos.

Além da dor extremamente forte, o veneno pode ainda causar náusea, dor de cabeça, cãibras, febre ou vômito se a exposição ocorreu em superfícies maiores da pele. Por isso, um acidente com águas vivas pode causar perigo letal secundário, por exemplo, por afogamento ou choque anafilático se a pessoa for alérgica à toxina.

Como prevenir acidentes com águas vivas?

Queimaduras por água viva

A incidência maior se dá nos meses de verão quando a água está mais quente o que aumenta não somente o número de águas vivas, mas também de banhistas e surfistas na água. Determinadas correntes ou ventos de uma dada direção podem ajudar a acumular águas vivas em determinadas praias ou horários.

O desequilíbrio ambiental também está aumentando a incidência de águas vivas, por duas ações humanas: pelo aumento da temperatura do mar resultado do aquecimento global e pela pesca predatória em alto mar que causa a redução de seus predadores, peixes que estão sendo pescados em velocidade maior do que é possível se reproduzirem visando o lucro a curto prazo, ou seja, de forma não-sustentável.

Na água, é muito difícil enxergar os animais, ainda menos, os longos tentáculos que continuam exercendo a sua ação tóxica mesmo quando são arrancados do animal. A melhor prevenção é observar na beira da praia se tem águas vivas e relatos de outros banhistas, pescadores, surfistas, etc. sobre a ocorrência delas.

Medidas imediatas de socorro

Para evitar o perigo de afogamento em águas fundas devido a cãibras ou pânico causado pela dor, recomenda-se retirar a vítima da água o mais rápido possível nesses casos. Em geral, porém, os acidentes ocorrem na água rasa da beira da praia e afetando as pernas da vítima. Assim, é bom tentar afastar os tentáculos ainda dentro da água rasa, para evitar que partes do animal que ainda estão boiando na água entrem em contato com a pele, assim aumentando o contato com o veneno.

Ao mesmo tempo, recomenda-se usar só água do mar para a remoção dos tentáculos e nunca lavar com água doce, pois a água doce pode provocar o aumento de liberação de toxina das células urticantes.

A retirada dos tentáculos pode ser feita, por exemplo, com palitos de picolé, pás de brincar na areia ou outras lâminas improvisadas, até com um cartão de crédito. Na palma da mão e na parte interna dos dedos, o veneno não penetra na pele, ou seja, o socorrista não será queimado se os tentáculos entrarem em contato com essa parte da pele.

Lavar com vinagre

Comumente, recomenda-se lavar com vinagre depois de remover os tentáculos, pois a acidez do vinagre ajuda a neutralizar o veneno. Pelo mesmo motivo, às vezes é sugerido fazer xixi no local. Porém, na maioria das vezes, a acidez da urina é insuficiente.

Não lave com álcool, muito menos esfregue com areia, não passe toalhas, pois qualquer ação vigorosa na pele inevitavelmente aumenta a liberação de toxina. Em casos com muitos filamentos ainda virulentos espetados na pele, pode ajudar para uma remoção mais rápida e mais completa passar espuma de barbear e retirar esse material com um aparelho de barbear.

A espuma de barbear envolverá os filamentos assim como envolve o pelo, impedindo o maior contato com a pele e facilitando a sua remoção segura com o barbeador.

Em caso de choque anafilático, febre alta, náuseas, cãibras ou vômitos fortes, procurar assistência médica imediatamente.

Como as águas vivas causam feridas na pele?

Células urticantes das águas vivas

O gráfico mostra que as células urticantes funcionam como uma armadilha: na hora do cílio sensor encostar em alguma coisa, dispara como um gatilho o tubo espiralado com micro-espinhos que é injetado na pele e libera o veneno. Isso explica também porque a espuma de barbear pode ajudar a diminuir o impacto do acidente: ela neutraliza as células urticantes que ainda não dispararam seu tubo urticante.

Ao mesmo tempo fica claro que qualquer ação vigorosa ou de toque piora a situação da área afetada, comparável a um campo minado, com muitas células urticantes ainda armadas.

Isso também explica porque mesmo tentáculos soltos, arrancados da água viva pela ação da arrebentação das ondas, por exemplo, continuem queimando por um bom tempo ainda. Quando há queimaduras leves na região do rosto ou do peito ao nadar no mar, isso pode ter sido a causa.

Como tratar feridas causadas pelo veneno das águas vivas?

Depois de passar o primeiro susto, há várias recomendações para ajudar à recuperação mais rápida da pele afetada, principalmente de crianças, que são as principais vítimas de acidentes com medusas. Para o tratamento das queimaduras comuns, os médicos em geral recorrem a analgésicos e anti-histamínicos, eventualmente corticoides.

E aqui a solução que a Sheila encontrou:

Na praia ela tirou os filamentos das pernas do Caetano que chorava e gritava muito já que a dor é realmente intensa. No carro foram jogando vinagre na perna dele e ao chegar em casa ela colocou tudo o que tinha de óleo essencial de lavanda já que é calmante e serve para queimaduras. Os dois ficaram na banheira na água com lavanda e ele foi se acalmando. No segundo dia, a perna ainda estava inchada, quente e latejando e ela perguntou a muitas pessoas o que fazer e quando alguém sugeriu pasta d´agua ela logo lembrou da argila. Quando conheci a Sheila, há quase 10 anos, ela trabalhava com massagem Ayurveda, Aromaterapia e Geoterapia, é uma verdadeira apaixonada por argilas. Aqui ela falando sobre o assunto:

“Ao aplicar a primeira vez a argila por 20 minutos, já na remoção, a pele estava fresca e o Caetano não reclamou mais de dor, ardência ou latejo.”

O que posso dizer depois dessa experiência e de tantas outras que sei em relação à argila é que ter um quilo de argila em casa é como ter um kit de primeiros, segundos e terceiros socorros em casa. Difícil é encontrar o que a argila não trate.

Por isso, recomendamos também nesse caso as argilas, um tratamento tão antigo quanto as próprias águas vivas que já existem no planeta há 500 milhões de anos.

Janine Schmitz

 

Fontes das informações técnicas: PT.Wikipedia.Org – DE.Wikipedia.Org –Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental do Paraná
Fontes das imagens: PT.Wikipedia.Org – DE.Wikipedia.Org –HypeScience.com – PortaldoProfessor.mec.gov.br

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