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Moda eco – Como construir uma relação sustentável com a moda

Moda eco é uma luz verde no fim do túnel. É uma luz porque quando falamos de moda, a quinta indústria mais poluente do mundo, é difícil imaginar que podemos gostar do tema sem perder de vista a sustentabilidade. Para refletirmos sobre isso, primeiro precisamos entender e aceitar a importância do assunto. Vestir-se faz parte do dia a dia de todos nós. Mas para muitas pessoas, a moda vai além da simples funcionalidade, envolve estética e relações sociais.

História

Essa é uma condição histórica, nasceu junto com a moda, no século XV. Explodiu com Revolução Industrial, que trouxe à tona o termo consumismo. Assim construímos nossas atitudes atuais, baseadas em comprar mais do que o necessário, valorizar o acúmulo e ignorar o que está por trás de um produto com preço muito baixo.

Resultado

O resultado desse trajeto que percorremos é que agora vivemos em alerta. O mundo acendeu o sinal amarelo, fruto do uso desmedido de recursos naturais e da poluição que geramos e deixamos por todos os lados. Antes que o sinal fique vermelho, precisamos aproveitar o tempo que resta para mudar o rumo e construir uma relação mais saudável com o planeta.

Solução

IMG_7313 (2017_11_29 11_59_43 UTC)Moda eco

Na moda, podemos resumir esse processo em três passos básicos.

1 – Moda eco: Consuma menos.

Não tem jeito, essa é a parte mais importante da mudança. Se tivermos como referência as novidades lançadas a cada coleção pelas marcas de moda, nunca teremos o suficiente. No consumismo, não existe um limite de satisfação, sempre falta algo. Então é importante virar a chave, ver a moda com outros olhos. Conheça o seu estilo e escolha peças que durem no seu guarda-roupas. No conceito de armário cápsula, estabelecemos um limite de quantidade de roupas, calçados e acessórios para termos em nosso armário. E isso se torna um estilo de vida, mais simples, prático e sustentável.

2 – Moda eco: Informe-se.

Entender um pouco sobre parte técnica da moda ajuda muito a escolher melhor o que vamos comprar e vestir. Assim como em tudo na vida, informação (de qualidade) é o que sustenta uma boa decisão. Primeiro, busque conhecer o básico sobre matéria-prima e processos produtivos utilizados na indústria da moda. Você sabe a diferença entre uma fibra natural, artificial e sintética? E como são feitos os jeans destroyed? Pesquise, pergunte a quem trabalha diretamente com isso.
Aliás, aí está outro ponto importante para se informar: quem são e em que condições trabalham as pessoas por trás das marcas que consumimos. São frequentes as notícias de trabalho análogo ao escravo na indústria da moda e, se buscamos uma relação mais saudável com nosso entorno, devemos barrar qualquer prática nesse sentido. Sempre que possível, compre diretamente de quem faz. Assim você estimula a economia local e, provavelmente, encontrará pessoas abertas a compartilhar os materiais e métodos de produção.

3 – Moda eco: Considere novas alternativas.

Gostamos de novidade, tudo bem. A questão é que associamos novidade à compra de algo nunca usado, que precisa ficar seguro e totalmente disponível dentro do nosso guarda-roupas. Isso é um hábito, proveniente da cultura do consumo. Mas, cada vez mais, estão vindo à tona opções diferentes disso que, quando conhecemos, geralmente nos despertam aquela sensação “como não pensei nisso antes?”. É o caso dos eventos e aplicativos de troca, dos serviços e cursos especializados em customização e dos incríveis guarda-roupas compartilhados. Além dos brechós, que estão se profissionalizando como um ramo de negócios no Brasil. Já temos muitas lojas que vendem peças de segunda mão oferecendo ambientes e experiências agradáveis, e grandes plataformas online focadas na venda desse tipo de produto.

Consuma consciente

Faça o que estiver ao seu alcance. Mudar uma realidade não é fácil, exige dedicação e investimento. O primeiro passo é tomar consciência e, a partir daí, questionar e evoluir. Com o desenvolvimento de um pensamento abrangente, em que fazemos nossas escolhas avaliando os impactos nas mais variadas frentes, transformamos nossa forma de consumo. Nossa atitude pode parecer pouco em um Universo tão grande, mas as revoluções começam nas ações individuais.

Assina: Daniela Bidone

Graduada em Jornalismo pela UFSC, Consultora em Estilo e Imagem Pessoal pela Boutique de Cursos Ana Vaz e Visagista pela Evoluo Visagismo. Encontrou na consultoria a possibilidade de impactar a vida das pessoas e ajudá-las a valorizar e comunicar a sua própria individualidade. Acredita que estamos todos conectados de forma coletiva, por isso faz do seu trabalho uma forma de disseminar uma relação consciente com a moda, entendendo o impacto dos nossos hábitos para o entorno. Tem como desafio próprio buscar alternativas para que possamos assumir nosso estilo de modo sustentável.